[Resenha] A Menina dos Olhos Molhados - Marina Carvalho
A menina dos olhos molhados é um livro da Marina Carvalho
que conta a história de Bernardo e Rafaela. Ele, jornalista investigativo de
sucesso e ela, estudante de jornalismo em seu primeiro estágio.
Sua história
começa já com o pé esquerdo, pois Bernardo se recusa a ser “babá de
estagiária”, mas acaba obrigado a ser mentor de Rafaela. Depois que se conforma
com a nova função, Bernardo a mostra as nuances da profissão ao mesmo tempo que
ela mostra ser muito desastrada. Os dois só faltam sair no tapa literalmente,
porque verbalmente o livro é uma luta de UFC. Sim, é aquele clichê. Garoto e
garota não se dão e no meio de muita confusão acabam se apaixonando. É isso
mesmo, mas a roupa que esse clichê veste no livro é o que prende o leitor.
A autora usa um vocabulário acessível e o casal encanta o
leitor por serem, profissionalmente, uma bela dupla e, intimamente,
arqui-inimigos, embora Bernardo mostre uma certa admiração pelo talento de Rafa.
A história dos dois foi contada pela primeira vez em “Azul
da cor do mar”, pelos olhos da estagiária que ganha o coração do mentor, “A
menina dos olhos molhados” é a chance que Bernardo ganha de contar o romance
dos dois do seu jeito e ainda de explicar o motivo de ser como é quando conhece
Rafaela. Com flashbacks do passado no início de cada capítulo, o leitor pode se
pegar mais ansioso para descobrir o que aconteceu no passado com Bernardo do
que o que vai acontecer entre “Bê” e Rafa.
Entre brigas, gritos, colegas de trabalho implicantes, o
Marcelo dos esportes e problemas realmente sérios, os dois acabam se
apaixonando, mas uma desentendimento logo no final do livro pode colocar toda
essa trajetória a perder. E aqui deixo a curiosidade: será que eles se entendem
ou será que Rafa vai desistir de Bernardo para ficar com o Marcelo dos
esportes?
[Brecha para minha leitora interna: O livro é amorzinho
demais, adorei o Ogro, ops, Bernardo se apaixonando pela Rafa! Marina Carvalho
tá de super parabéns! O problema do livro é que agora eu quero ler “Azul é a
cor do mar” e, adivinha: tô sem dinheiro! ]
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