De onde saiu Perdidamente?
Acredito que a resposta óbvia para essa pergunta seja
"Da minha cabeça", mas não seria completamente verdade. Perdidamente
veio de um acontecimento real.
Eu, assim como Kean Grassi, estava deitada numa
espreguiçadeira, contra a minha vontade e num lugar onde não queria estar
quando tudo aconteceu. Estávamos em algum balneário do Mato Grosso do Sul e o
mau humor havia tomado conta de mim naquele dia. O motivo? Meus pais haviam me
obrigado a usar roupas de banho, algo que minha baixa autoestima usou contra
mim o dia inteiro. Ah, e eles se tornaram melhores amigos porque eu estava
escutando a música Heartbreak Girl, do 5 Seconds of Summer.

Daí em diante, não consegui mais evitar, senti que a
história deles era o que eu sempre quisera ler e, para isso, resolvi
escrevê-la. Aos poucos os personagens se tornaram pessoas reais dentro da minha
cabeça, que servia de diário para os dois. Kean e June tinham uma relação tão
complicada, mas tão forte, que eu ainda acho que não consegui expressar isso
completamente no livro.
Os problemas de Kean e June são problemas reais; família,
amizades, acidentes que mudam sua vida e relacionamentos. Isso tudo além dos
outros personagens que não foram tão aprofundados nesse livro, mas que têm
histórias igualmente difíceis e importantes. Um dia espero ter a honra de
contá-las.
Ao escrever o livro senti todas as emoções de Kean e June,
me decepcionei com certas atitudes deles e quis abraçá-los em alguns momentos.
Então, respondendo à pergunta que ouvi tantas vezes:
Perdidamente não é baseada em fatos, é uma realidade vivida por personagens
imaginados. É o mais próximo da verossimilhança que pessoas fictícias podem
chegar.
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